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 Por Raimundo Jorge (RJ)

Lembro até hoje quando menino, eu e meu irmão Jorge Raimundo, dois pirralhos que íamos todos os anos com a família para o Clube Comercial na Avenida Sete de Setembro para olhar os trios, o Carnaval, olhares aficionados a tudo e com suas manias, tínhamos manias de comparar os melhores trios, e todo ano a gente escolhia o Pinel, por ser na época o único trio totalmente fechado atrás com caixas de som, tinha seu mascote e o projeto visual de pintura e com lâmpadas nas laterais que chamavam a atenção. No meio da transição musical da música baiana onde somente se tocava Frevo Baiano, Afoxé, Galope e Samba- Reggae, víamos sempre uma banda se destacando pela sua criatividade e seu jeito irreverente que foi a Banda Pinel na época com o Ricardo Chaves, caramba, perdi as contas de quantas vezes eu ria quando ouvia a música da muriçoca kkkk

Mas a banda se modificou, Ricardo Chaves saiu e Durval pegou os vocais com o novo nome de Asa de Águia, de primeira adorei, passei a minha infância toda ouvindo Rock dos anos 80 e o Asa já começou estourando com Bota pra ferver, era diferente de tudo que acontecia no Carnaval, era algo novo, um som novo, a nova cara da música baiana.

A partir daí o Asa além das festas e shows que banda passou a fazer na Mansão da Águia e no Mercado Modelo, que infelizmente nós não pudemos ir devido à idade. O Asa passou a fazer os memoráveis shows no saudoso Clube Baiano de Tênis, nessa época já tínhamos idade para entrar junto com um responsável, lembro do show Cheiro, Beijo e Pinel, Cheiro uma banda já consagrada com o Furação Márcia Freire, Beijo com Netinho estourando e a revelação Asa de Águia do Bloco Pinel, o Asa simplesmente arrebentou no show, todos ficavam parados olhando e vislumbrados com o som novo. Não teve mais jeito, todos os shows do Asa a gente ia, passávamos por baixo da roleta do ônibus, filamos lanches dos intervalos do colégio para não gastar dinheiro e sempre conseguíamos juntar para ir aos shows quando tinha o Asa.

De lá para cá, tem muita história, a gente era presença certa na frente das mesas de som, lugar mais seguro na época dos shows do Baiano de Tênis, depois fomos a muito show no também saudoso Clube Espanhol, Centro de Convenções, Parque de Exposições, Wet’n Wild, Bahia com H, Reveillon Japonês e muito mais, por aí vai. Houve um fato muito engraçado, de tanto a gente ouvir a música “Com amor” que foi lançada em 91, o papagaio lá de casa, o “Alonso” aprendeu a cantar parte da música, essa música virou o hit que minha mãe escolheu para cantar quando tirava do banho o neto ainda bebê enrolado na toalha. Kkk

Um ponto forte foi quando gravaram seu primeiro CD ao vivo 1994 que foi sensacional, primeira grande e marcante apresentação da banda que conquistou uma legião de fãs.
Mas como todo caminho tem pedras, toda trajetória tem seus problemas, com o Asa também teve, Durval teve um problema sério de refluxo e psicológico no início dos anos 2000, acho que em foi em 2002 ou 2003, e sua voz se alterou, quase que não saía nada, o número de shows diminuíram em muito, mas a banda não parou, e nem nós, apesar de passarmos um tempo ouvindo piadas do tipo “larguem essa banda”, “Essa banda não presta mais”, ainda assim continuamos e defendendo, afinal já tínhamos um histórico junto com a banda e nunca deixamos para trás coisas que ficam guardadas no coração.

Mas daí veio à “ressurreição”, Durval se tratou e a banda voltou aos poucos a tomar seu ritmo de shows, a banda começava a voltar aos trilhos de vez, foi a verdadeira REVIRAVOLTA da banda, música que adotei desde quando ouvir no CD Sou Asa de 2004, passou um filme na minha cabeça. A partir daí chegou o primeiro DVD que simplesmente estourou, agradou a Gregos e Troianos e o Asa começou a cativar uma legião de fãs e até hoje consegue novos a cada lançamento genial de um novo álbum ou DVD.

Esse é um pequeno relato resumido de uma extensa história com uma banda que acabou conquistando a mim e muitas pessoas durante anos.

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